quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dicas para uma boa conserva caseira

A conservação dos alimentos, para ser bem sucedida, depende, e muito, da qualidade das matérias prima utilizadas.
Portanto, o primeiro cuidado a ser observado diz respeito ao estado das frutas e hortaliças. Após a colheita, continuam a sofrer as alterações metabólicas responsáveis pela sua maturação. As frutas, principalmente, tornam-se mais doces devido a transformação do amido em glicose e com isso a acidez diminuirá sensivelmente, o que dificultará a conservação.
Tanto as frutas como as hortaliças deverão ser postas em conservas bem frescas e , se possível , recém colhidas.
Após a seleção lave-as muito bem tirando toda a sujeira e possíveis impregnações de inseticidas e fungicidas.
Quanto às hortaliças, que contém menor acidez que as frutas, e crescem em geral rentes ao chão, correm maior risco de contaminação por toxinas resistentes.
Escolha hortaliças frescas e tenras e despreze as murchas ou imperfeitas. Depois de selecionadas, lave-as muito bem, eliminando todos os resíduos de terra e poeira.
Para que o sucesso na preparação das conservas seja garantido, é necessário que conheça os utensílios que vai utilizar.
Estes são muito importantes porque contribuem para qualidade e para o tempo de duração das conservas .
Os objetos mais indicados na preparação de conservas são os de aço inoxidável, plástico e porcelana.
Já os utensílios de ferro, cobre ou estanho, além de reagirem com a acidez das frutas, hortaliças e vinagre, transmitem aos alimentos um sabor e um aroma desagradáveis. As colheres de madeira por sua vez são de difícil higienização sendo possível contaminar a conserva.
Esterilização dos frascos:- a limpeza dos frascos são imprescindíveis, por isso, após lavá-los muito bem, enxágüe-os com água quente e coloque os de boca para baixo na grelha do forno a uma temperatura moderada 140 graus centigrados. Mantenha–os durante 10 minutos ou até que fiquem completamente secos. As tampas de vidros devem ser esterilizadas juntamente com os frascos, e as de metal, rolhas e outros utensílios, fervidos em água durante 10 minutos e postos a secar.
A preparação de conservas caseiras consiste em esterilizar os frascos, tampas e utensílios, preparar os alimentos, introduzi-los nos frascos, tampá-los hermeticamente e pasteurizá-los.
Lembre-se que a variação de tempo e da temperatura dependerá da fruta ou hortaliça a ser conservada e do conservante adicionado (vinagre ou sal).
Preparar conservas não é um processo difícil e tampouco requer habilidades culinárias de quem se interessa por essa arte, mas sim disposição e atenção na aplicação dos ingredientes e no manuseio dos utensílios, na higiene e na marcação do tempo. Alem disso, para ter sucesso, deve-se conhecer a importância da preparação das conservas. Só assim conseguirá um produto duradouro, saboroso e, principalmente, evitar os riscos do botulismo.
Esta intoxicação, conseqüente da ingestão de conservas deterioradas, e muito perigosa e exige o socorro imediato do doente.

Botulismo:-  é uma intoxicação que se manifesta 18 a 96 horas após a ingestão de alimentos deteriorados.

É produzido pela bactéria Clostridium botulinum ou Baccilus de Van Ermenghem, sendo esta toxina um dos mais mortíferos venenos animais. Desenvolve-se nas conservas caseiras de vegetais quando estas não são devidamente preparadas.
Os sintomas caracterizam-se pela não coordenação dos músculos oculares provocando dupla visão, dificuldade em deglutir e pronunciar palavras, falhas respiratórias e, parada cardíaca. Caso a pessoa não seja socorrida a tempo , poderá morrer.
O que fazer numa simples suspeita de botulismo:- o individuo deve procurar um medico imediatamente, assim como as pessoas que tenham ingerido aquele alimento, mesmo que não apresentem sintomas algum.  

Dicas de Simone Cerejoli Salgado:- Nutricionista.
Referencias bibliográficas:- Higiene dos Alimentos – Jean Lederer
Tecnologia e Higiene Alimentar -Jean Lederer
Manual de procedimentos e desenvolvimento- Roberto Martins Figueredo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pensando no lixo!

Nossa ultima reunião foi ÓTIMA!!!! De repente, parece que percebemos que temos apenas que fazer um algo, pequeno, timido e pronto, está dado o ponto de partida para por o lixo em  foco....tirar o lixo do esconderijo e descobri-lo, entender que podemos FAZER diferente.
O que fazemos com o nosso lixo organico?
Já pensamos numa minhocultura? existe kit para apartamento, ou seja, sem cheiro ou sujeira....
e nosso reciclado...basta jogar para fora do nosso terreno....prá onde ele vai...e como um bumerangue, como será que ele volta???
Dia 20 teremos as 20:00hs uma nova reunião...
Juntos, podemos algo....
vamos fazer a diferença!!!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Curso de conservação e armazenamento de alimentos




Aconteceu na escola Pilar Jarinu,num sábado de chuva! Foi muito legal e  diferente,    com uma platéia totalmente interativa...
A disposição de contribuir e aprender tornou o curso bem contenporâneo...




       Todos falaram,  participaram,  opinaram, e aprenderam muito mais que
         o curso pretendia!!!




 
    O que faremos com tantas informações   legais que recebemos?

    Vamos intorduzi-las na nossa vida, 
     ou armazená-las!!!!









quinta-feira, 10 de março de 2011

Nossa reuniõs acontecem...

Reuniões quinzenais acontecem no espaço shanti ( rua Juvenal Alvin, 98 -centro) , aqui em Jarinu.
São reuniões abertas, ou seja quem quiser ir  está convidado...E quem se interessar por contribuir de alguma forma com a cidade, bairro, rua , pode levar seus conhecimentos e habilidades...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Conexão com a Terra


A jornada lírica do átomo do carbono.

O carbono é o tijolo do edifício da vida e aqui veremos uma das fases desta interminável jornada,
em uma adaptação de um ensaio de Primo Levi.
Se alguma vez você pensou que estava desconectado com este planeta, este ensaio vai lhe esclarecer, pois você tem cerca de 700.000.000.000.000.000.000.000.000 (setecentos septilhões) átomos de carbono no corpo (que representam 10% da massa corporal), sendo que cada um já executou incontáveis danças, não diferentes desta que vamos ver agora...
"Nosso átomo de cabono se mantém há milhões de anos ligado a três átomos de oxigênio e um de cálcio, sob a forma de calcário, não muito distante da superfície da Terra. A qualquer momento, um golpe de picareta pode soltá-lo para levá-lo a uma caieira (forno de cal), lançando-no no mundo das coisas que se alteram. Ele é assado e, ainda junto a seus companheiros de oxigênio, é lançado pela chaminé e encontra o caminho do ar.

Sua história, que antes era estática, se tornou tumultuada.
Ele foi apanhado pelo vento, arremessado à terra e lençado a dez quilômetros de altura. Foi respirado por um falcão, desceu até seus íngremes pulmões, mas não penetrou no sangue e foi expelido. Foi dissolvido três vezes pela água do mar, chegou às águas de uma torrente caudalosa e mais uma vez foi expelido. Viajou com o vento durante oito anos: algumas vezes no alto, outras, mais baixo, no mar ou entre nuvens, sobre florestas, desertos e a interminável imensidão do gelo, até tropeçar e cair preso na aventura orgânica.
O átomo de que estamos falando nasceu com o vento perto de uma fileira de videiras. Ele teve a sorte de se esfregar numa folha, penetrar nela e se fixar ali por um raio de sol.
Agora nosso átomo formou parte de uma molécula de glicose. Viajou da folha para o caule e dali desceu para um cacho de uvas quase maduras. O que aconteceu depois foi da responsabilidade dos vinicultores.
O destino do vinho é ser bebido. Quem o bebe fica com a molécula no fígado durante mais de uma semana, bem enroscada e tranqüila, como uma reserva de energia para um esforço súbito, uma esforço que terá de fazer no domingo que vem, perseguindo um cavalo em disparada...
O átomo foi arrastado para fora da corrente sangüínea e foi parar numa minúscula fibra muscular do quadril... e, depois, como dióxido de carbono, foi expirada e voltou ao ar.
Mais uma vez com o vento, mas desta vez mais longe, ele cruzou os Apeninos e o mar Adriático, passou pela Grécia, pelo mar Egeu e por Chipre: estamos sobre o Líbano. E a dança se repete.
O átomo agora penetra e fica preso ao respeitável caule de um cedro, um dos últimos. Ele pode ficar no cedro até 500 anos, mas vamos dizer que, depois de vinte, uma larva de caruncho se interessou por ele e o engoliu.
A larva de caruncho se tornou uma pupa e, na primavera, surgiu sobre a forma de mariposa que agora morre sob o sol, confusa e fascinada pela beleza do dia. Nosso átomo está em um dos mil olhos do inseto.
Quando o inseto morre, ele cai no chão e é enterrado sob a vegetação rasteira da floresta. Aqui entra em ação o onipresente, incansável e invisível microorganismo do húmus. A mariposa lentamente se desintegrou e o átomo mais uma vez ganhou asas. E alçou vôo... até chegar a um momento de descanso na superfície do mar, e então lentamente afundou. Uma alga marinha de passagem se apropria do átomo para construir a extremamente delicada concha de carbonato de cálcio. Ele logo morre e desliza até o fundo do oceano, onde se compacta com trilhões de companheiros e seus átomos de carbono.
Passada uma era geológica, os movimentos da placa tectônica trouxeram esse sedimento - agora um penhasco cretáceo - para a superfície da terra, expondo nosso átomo mais uma vez à possibilidade de voar na complexa dança da vida."
Agora olhe para a sua mão – uma cicatriz, talvez, ou uma unha. Pense nisso como menos que uma mão, mais como um lugar de descanso temporário para incontáveis átomos de carbono. Um lugar em que eles estão fazendo uma pequena pausa antes de prosseguir na vasta e interminável jornada que passa pelas profundezas dos oceanos, o céu mais alto, os dinossauros que viveram antes de você e as criaturas com que nem sonhamos e que virão depois de nós.

Já se sente conectado?

Fragmento do  Manual das Iniciativas de Transição

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Um modelo atual: Cidades em Transição

Foi em novembro (2010) através de um acaso (?) que fiquei sabendo de um treinamento oferecido pela UNILUZ ( Nazaré Paulista) chamado "Cidades em Transição" com May East, brasileira que mora na Ecovila Findhorn, na Escócia, fundadora e diretora do Curso Educação Gaia,  e que atualmente viaja o mundo para impulsionar esse movimento .
Nesse dia que tomei conhecimento pela primeira vez das possibilidades que temos de desenhar nosso futuro, com ações aqui e agora, fortalecendo a forma de  lidar com as rápidas transformações planetárias, de maneira  positiva e pró ativa....
Três meses após, já somos um grupo inicial que estamos olhando a cidade, o bairro, e revendo as possibilidades de juntos nos ajudarmos e fortalecermos, para melhorar nossa resiliencia, nossa qualidade de vida, tanto no sentido de conforto, como de consciência e principalmente como seres humanos que precisamos uns dos outros para sermos de fato, fortes....
Para  saber mais sobre o movimento no Brasil acesse: